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Pesquisa mostra as tendências de cargos e salários em oito áreas em 2019

Atualizado: 22 de out. de 2019


Levantamento traz cargos de média e alta gerência; 40% das empresas consideram a possibilidade de contratar profissionais de forma temporária para cargos de analista a diretor

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O ano de 2019 será um período de planejamento e reestruturação para profissionais e empregadores, de acordo com dados da 11ª edição do Guia Salarial da Robert Half, estudo anual da empresa de recrutamento e seleção.

O levantamento da Robert Half, empresa de recrutamento especializado que seleciona profissionais especializados e cargos de alta gestão para oportunidades permanentes e projetos, traz os cargos e salários das oito áreas de atuação da empresa: engenharia, finanças e contabilidade, jurídico, mercado financeiro, recursos humanos, seguros, tecnologia e vendas e marketing.

“Com a definição das eleições, independentemente dos resultados, a tendência é que as empresas comecem a ter informações mais palpáveis para traçar suas estratégias internas e que, como consequência, os profissionais tenham mais clareza quanto às oportunidades de trabalho”, explica Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half.

Segundo ele, ainda que o Brasil haja um número considerável de profissionais disponíveis no mercado, está cada vez mais difícil encontrar aqueles com alta qualificação técnica e comportamental, e eles seguem muito disputados pelo mercado. “O principal ativo de uma empresa são as pessoas, o que faz com que um bom time seja fundamental para o sucesso do negócio”.

Veja cargos, salários e requisitos exigidos que deverão estar em alta para 2019:

Área: ENGENHARIA

  • Posição em alta – Comprador

  • Habilidades mais demandadas – inglês, comunicação, senso de dono, flexibilidade, perfil analítico, orientado a resultados, bom relacionamento interpessoal e conhecimento do negócio

  • Perspectiva de remuneração em 2019 – entre R$ 5.100 e R$ 8.500 (empresas de pequeno e médio porte); e entre R$ 5.600 e R$ 13.500 (empresas de grande porte)

  • Obs: 51% das empresas exigem de seus profissionais a fluência em outro idioma; inglês é o idioma mais valorizado pelas companhias, espanhol aparece na sequência, seguido por francês e alemão

Área: FINANÇAS E CONTABILIDADE

  • Posições em alta – Gerente contábil e fiscal e Analista contábil e fiscal sênior

  • Habilidades mais demandadas – visão estratégica, boa comunicação, dinamismo, capacidade de influenciar, idiomas

  • Perspectiva de remuneração em 2019 – entre R$ 10.500 e R$ 17.000 (empresas de pequeno e médio porte) e entre R$ 15.000 e R$ 26.000 (empresas de grande porte) para gerente contábil e fiscal; entre R$ 6.000 e R$ 8.000 (pequeno e médio porte) e entre R$ 7.800 e R$ 10.000 (grande porte) para analista contábil e fiscal

Área: JURÍDICO

  • Posição em alta – Gerente jurídico de empresas

  • Habilidades mais demandadas – visão do negócio, perfil comercial, senso de dono, conhecimentos em tecnológica, inovação

  • Perspectiva de remuneração em 2019 – entre R$ 12.000 e R$ 17.000 (pequeno porte); entre R$ 14.000 e R$ 18.000 (médio porte); e entre R$ 16.000 e R$ 25.000 (grande porte)

Área: MERCADO FINANCEIRO

  • Posição em alta – Analista de compliance

  • Habilidades mais demandadas – inovador, visão estratégica, boa comunicação e inglês

  • Perspectiva de remuneração em 2019 – entre R$ 6.600 e R$ 15.500

Área: RECURSOS HUMANOS

  • Posição em alta – Gerente de RH Generalista

  • Habilidades mais demandadas – foco no negócio, senso de dono, papel estratégico, multitarefa

  • Perspectiva de remuneração em 2019 – entre R$ 11.500 e R$ 18.000 (empresas de pequeno e médio porte) e entre R$ 13.500 e R$ 26.000 (empresas de grande porte)

Área: SEGUROS

  • Posição em alta – Gerente Comercial

  • Habilidades mais demandadas – inovador, visão estratégica, boa comunicação e inglês

  • Perspectiva de remuneração em 2019 – entre R$ 9.500 e R$ 19.500

Área: TECNOLOGIA

  • Posição em alta – Gerente de TI Generalista

  • Habilidades mais demandadas – visão estratégica, boa comunicação e idiomas

  • Perspectiva de remuneração em 2019 – entre R$ 14.000 e R$ 25.000

  • Obs: 44% dos líderes de tecnologia consideram contratar funcionários temporários para "garantir o conhecimento necessário na área"

Área: VENDAS E MARKETING

  • Posição em alta – Analista de marketing/comunicação

  • Habilidades mais demandadas – multitarefas, perfil analítico, hunter (caçador) e foco em resultados

  • Perspectiva de remuneração em 2019 – entre R$ 3.600 e R$ 6.000 (empresas de pequeno e médio porte) e entre R$ 4.500 e R$ 7.500 (empresas de grande porte)

Contratações temporárias

A pesquisa revela que, na tentativa de preservar bons colaboradores, as companhias têm implantado horários flexíveis e possibilidade de trabalho remoto, o chamado home office.

Além disso, as empresas passaram a rever as formas de ampliar a força de trabalho e garantir a inserção de talentos no grupo. Para isso, uma das modalidades que devem ser implantadas são as contrações temporárias ou interinas, inclusive para posições que demandam maior conhecimento e qualificação.

Segundo a pesquisa, quase 40% das empresas já consideram a possibilidade de contratar profissionais por projetos para garantir as habilidades técnicas necessárias em seu departamento. Essas contratações temporárias são para cargos que vão de analista a diretor.

De acordo com a Robert Half, antigamente, o trabalhador temporário era solicitado apenas para áreas operacionais e em determinadas datas. Hoje, muitas organizações já entendem o valor desse profissional em áreas estratégicas.

A ideia é evitar sobrecarga de trabalho na equipe fixa com demandas pontuais e não “inflar” o quadro de colaboradores permanentes diante de desafios emergenciais ou projetos estratégicos que tenham data programada para início e término.

“Considerar o recrutamento de temporários em posições que demandam maior conhecimento e qualificação é uma oportunidade reduzir custos, além de evoluir nas práticas de contratação”, diz Mantovani.

Além do acesso a bons profissionais de forma rápida, as empresas apontam a flexibilidade, o acesso a novas ideias e a troca de conhecimento como as principais vantagens de ter um colaborador contratado por projeto na equipe, segundo a Robert Half.

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