Cada vez mais se fala na substituição do trabalho das pessoas por máquinas. Nesse cenário, serão valorizados aqueles que são excelentes no que as máquinas não conseguem fazer. Por isso, as chamadas Soft Skills – habilidades subjetivas, de difícil identificação e diretamente relacionadas à interação com outras pessoas – vêm ganhando destaque.
De acordo com Ilana Berenholc, consultora em Presença Executiva e Liderança e especialista em Personal Branding, há dois elementos que influenciam as Soft Skills mais valorizadas pelo mercado de trabalho atualmente. Primeiro, é o chamado mundo VUCA – Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo. O segundo é a inteligência artificial e a probabilidade de profissionais serem substituídos por robôs. “Dessa forma, pensamento crítico, agilidade, criatividade, flexibilidade, inteligência emocional e empatia são habilidades que todo profissional deve buscar desenvolver”, ressalta, Ilana Berenholc.
Na medida em que o mundo se torna cada vez mais digital, as Hard Skills – habilidades que podem ser ensinadas em uma capacitação (como fluência em um idioma ou domínio de uma ferramenta) – mais valorizados têm a ver com o universo tecnológico, como, por exemplo, programação.
De acordo com uma pesquisa feita pela Harris Poll para o CareerBuilder, a grande maioria dos empregadores – 77% – acredita que as Soft são tão importantes quanto as Hard Skills.
“Quando penso na gestão da marca pessoal, acredito que são as Soft Skills que mais diferenciam um profissional. Hard Skills podem ser aprendidas com mais facilidade, mas são habilidades como resolução de problemas, liderança, criatividade, habilidade de comunicação, etc., que distinguem um profissional”, afirma Ilana. “Além disso, desenvolver essas competências ajuda o profissional a se preparar para o futuro incerto que vivemos, mas que é inevitável”, completa.