Meditação, terapia online e vale-internet? Entenda como a pandemia pode mudar os benefícios oferecidos pelas empresas
Quando a quarentena acabar, a Mobly terá dois mundos: metade dos funcionários poderão aderir ao home office permanente, enquanto os outros 300 funcionários continuarão com sua rotina presencial na área de logística e nas lojas físicas.
Para se adequar ao novo momento, sua sede vai mudar para a zona sul de São Paulo, em cima da Mega Store da startup de venda de móveis e itens de decoração. O novo escritório terá espaço para 100 pessoas e servirá como ponto de apoio, onde há infraestrutura e salas de reunião.
A flexibilidade no modelo de trabalho da empresa chegou até aos benefícios oferecidos as funcionários. Afinal, quem não vai ao escritório precisa de vale-refeição ou vale-transporte?
Não, quem trabalhar em casa não terá que abrir mão de benefícios, mas terá a oferta de um conjunto mais flexível deles e optar trocar o vale-refeição pelo alimentação. Os colaboradores da Mobly terão auxílio para acesso à internet, além da startup fornecer os computadores e cadeiras ergonômicas para montar a área de trabalho em casa.
Na Michael Page, consultoria de recrutamento executivo especializado, o reflexo da pandemia na área de benefícios da empresa ficou claro em conversar com clientes, com os especialistas observando um forte movimento para adaptar o que era oferecidos aos colaboradores.
João Kluppel, diretor da Michael Page, vê que as empresas brasileiras deram um passo para uma modernização nessa área, seguindo tendências que já são comuns nos Estados Unidos e na Europa.
“Aqui no Brasil, as empresas começaram a fazer o movimento de oferecer um pacote de benefícios mais flexível, com sistemas de pontos ou opções para diferentes momentos de vida e de carreira. Ainda temos limites por causa da legislação e o próprio contrato com os fornecedores que impedem a mudança total, mas a tendência para a área é essa maior flexibilidade”, explica ele.
Fonte: Exame
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