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Aparelhos celulares e redes sociais no ambiente de trabalho: qual é o limite?

Especialistas alertam que o uso excessivo pode desencadear episódios de estresse, queda de rendimento e até depressão

 

celulares no ambiente de trabalho

Cada vez mais incorporados ao cotidiano, os smartphones se tornaram peças fundamentais na rotina das pessoas. Seja para bisbilhotar as redes sociais, tirar fotos e ouvir músicas, utilizar serviços bancários, fazer compras ou passar horas pulando de um vídeo para o outro. Além de todas as outras possibilidades, os aparelhos estão sempre ali, a um toque, ocupando o posto de companheiros inseparáveis.

 

No trabalho, as facilidades, a rapidez e a precisão dos smartphones causaram uma verdadeira revolução na forma como as pessoas desempenham suas funções. Já não é tão fácil estabelecer uma fronteira entre a vida profissional e pessoal, uma vez que as pessoas estão conectadas full time. Isso, claro, reflete na maneira como a tecnologia molda nossas percepções sobre o mundo e tem desdobramentos em várias esferas da vida contemporânea.

 

Mas, qual é o momento de acender o sinal de alerta quanto ao uso exagerado de celulares no trabalho?

 

Os aspectos mais comuns apresentados pelas pessoas com dependência no uso de smartphones são episódios de nervosismo, alterações de humor, inquietudes e até o desenvolvimento de alguns tiques, o que pode desencadear em casos de “estresse, comprometimento do sono, depressão, queda de rendimento e dificuldade em se relacionar”, aponta Marcelo Santos, docente de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas.

 

Equilíbrio é a palavra-chave para conciliar o uso dos aparelhos e o acesso às redes sociais durante o trabalho, segundo Miriam Rodrigues, docente na área de Comportamento Organizacional e Gestão de Pessoas do curso de Administração da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). “Se o uso não é adequado, se o funcionário exagera, isso pode impactar a produtividade, a concentração e levar a erros, com prejuízos às empresas e aos funcionários”, reforça a professora.

 

Para os ambientes corporativos, Miriam elege uma série de condutas que devem ser adotadas pelas empresas para que o problema seja minimizado:

 

  • Políticas claras e objetivas sobre quando, quanto tempo e como essas ferramentas podem ser utilizadas durante o expediente;


  • Lançar dicas, teasers e treinamentos sobre gestão do tempo;


  • Implementar ferramentas tecnológicas que ajudem a monitorar o uso das redes pelos profissionais.

 

O psicólogo destaca ainda a necessidade ter atenção aos indícios que o próprio corpo dá. “É importante ter cuidado aos sinais, por exemplo, sudorese ou alterações de humor por ficar desconectado. Muitas pessoas acabam não percebendo que estão adoecidas ou adoecendo em função do uso constante. É preciso procurar ajuda”, finaliza Santos.

 

 

Fonte: Opinião RH

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