Também conhecido por Covid-19, o novo Coronavírus foi classificado como “pandemia” pela OMS (Organização Mundial da Saúde)
O status é atribuído a doenças com alto potencial de propagação. Motivo de preocupação global, o vírus já motivou diversas ações governamentais e empresariais, como o fechamento de fronteiras, o cancelamento de vôos, a suspensão de eventos e outras diversas estratégias de prevenção.
Em meio a esse panorama, qual deve ser o posicionamento do RH dentro das organizações? Hendrik Machado, CEO da Pontomais, empresa de sistema de controle de ponto online, elenca algumas ações que a gestão de Recursos Humanos pode tomar. Dentre elas, o executivo incentiva o compartilhamento de informações com o disparo de e-mails que atualizem os colaboradores sobre o status atual da pandemia. Desse modo, além de evitar a desinformação, a prática pode ajudar na tomada de decisões mais assertivas e no controle do pânico e da ansiedade.
Além disso, Machado reforça o papel do RH na orientação e estímulo a práticas de higiene. A sugestão é que informativos com dicas de prevenção sejam espalhados pela empresa, de forma que todos os colaboradores tenham acesso. O empresário acrescenta que o diálogo com a equipe de trabalho é essencial não só para a conscientização, como também para evitar preconceitos, piadas ou situações de desconforto.
Já em caso de contaminação, existem procedimentos a seguir. “Primeiramente, verifique se ele esteve na empresa num período de 14 dias antes do diagnóstico. Se sim, encaminhe todos os funcionários para exames preventivos. Ainda não se sabe quantos dias o vírus se mantém ativo fora do corpo humano. Mesmo assim, outro ponto fundamental que deve ser levado em consideração é a higienização do local de trabalho. O ideal é que a limpeza seja realizada pelo menos 24 horas antes da volta dos funcionários para o local”, esclarece Machado.
Para a CHRO da Degoothi Consulting – empresa especializada em cultura organizacional e RH -, Cláudia Danienne, a adoção do home office pode ser uma das mais importantes alternativas a ser discutida entre RH e liderança da empresa. “Não é o ideal ser reativo e sim preventivo, mas, a partir de uma necessidade forçada, todo ser humano pode mudar comportamento e exercer sua capacidade de flexibilidade e mudança de hábito para alcançar novos resultados. O home office requer planejamento prévio e políticas claras e engajadoras. Porém agora na crise do Covid-19, é possível acelerar esta modalidade”.
Em caso de uma eventual adoção do home office, Cláudia elenca alguma recomendações que podem facilitar a implementação da prática, especialmente para organizações que não a tem como um hábito. São elas:
Reunião de acompanhamento ao menos uma ou duas vezes por semana via qualquer aplicativo que a empresa use (há inúmeros no mercado que permitem reunião virtual, conference call, etc.)
Ferramentas na nuvem também são importantes para armazenar o desenvolvimento dos projetos em banco de informações – assim, ninguém fica fora do processo de gestão. Dados e integração são fundamentais para quem está “fora” do seu habitual dia a dia de trabalho. Sair do convencional mexe com as pessoas, porém, novamente é possível.
Deixe claro os horários em que o funcionário deve ser encontrado por estar a trabalho. Estar home office no período de x a x é compromisso com a jornada laboral;
O inverso também é fato: acabou o horário, respeite o horário de descanso do funcionário;
O rodízio entre equipes deve ficar a critério de cada empresa.
Do mesmo modo, a consultora separa dicas para que os colaboradores tenham uma melhor adaptação ao trabalho à distância:
Trabalhar home office pressupõe organização e disciplina.
Envolva os familiares, para que todos colaborem com o “ambiente novo de trabalho” (ou seja, a casa ou apartamento). Solicite o respeito à atividade e que não haja interrupções. Uma boa dica é usar um sinalizador verde ou vermelho para indicar que está ao telefone ou em uma tarefa que exige concentração e foco.
Cuidado com o Pet: se possível for, colocar o animal em outro espaço para não ter latidos de cachorro constantes, gato pulando no teclado;
Acolhimento às crianças para saberem que não serão rejeitadas, mas que há “ regrinhas” por um tempo, tal qual em uma gincana. Sim, faça deste momento algo que envolva a criança, ela também deve se sentir responsável pelo sucesso da missão. Dispense os “não entre, não faça, não grite”. Envolva e valorize a atitude colaborativa de seus filhos.
Cláudia reforça, também, que um período de preocupação coletiva deve motivar o RH a “atuar como nunca em parceria com a área de comunicação interna da empresa”. É essencial que as mensagens que o negócio tem a transmitir sejam de fácil entendimento de todos. “A mensagem tem que ser com linguagem acessível e sem jargões. Esclarecedora, envolvente e determinante”.
Fonte: Rh pra Você
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