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Entenda como o ChatGPT pode alavancar sua carreira

Ferramenta que atingiu 100 milhões de usuários em 2 meses pode escrever textos e até dar conselhos

chat gpt

O ChatGPT é pauta relevante nos últimos meses. A plataforma de inteligência artificial (IA) que foi criada pela empresa OpenAI tornou-se o aplicativo com crescimento mais rápido da história ao atingir 100 milhões de usuários ativos em janeiro, apenas dois meses após seu lançamento.


“Não é casual a adesão espantosamente rápida, dentre todas as adesões desde que a internet e seus rebentos tiveram na sociedade”, diz a pesquisadora e coordenadora da pós-graduação em tecnologia da inteligência e design digital da PUC-SP, Lucia Santaella.


Sendo assim, entenda como a plataforma de inteligência artificial ChatGPT pode ser uma aliada e trazer benefícios para a carreira.


Por trás da tecnologia de linguagem GPT-3.5 há um grande modelo de inteligência artificial feito pela empresa criadora, que foi treinado com uma enorme quantidade de dados de texto e diversas fontes e, no momento, domina discussões sobre o futuro do trabalho, bem como dos trabalhadores.


O ChatGPT já conseguiu gerar um código Phyton intrincado e escolher ações segundo a estratégia do investidor Warren Buffet.


Por esse motivo aumentou-se as preocupações de que essa tecnologia possa substituir profissionais no futuro.


Primeiros passos


Como é uma tecnologia muito nova, o ChatGPT ainda está aprendendo a responder e a pesquisar. E essa talvez seja outra vantagem de usá-lo desde já: as respostas serão melhores à medida que as perguntas forem melhor elaboradas.


“Nosso pensamento é complexo e nem sempre conseguimos comunicar tudo o que sentimos e pensamos. Inteligência artificial pode nos ajudar a traduzir o que pensamos e sentimos em palavras”, diz a consultora em inovação em educação corporativa, Fabiana Raulino.


Ele é uma ferramenta importante na carreira. Além das maneiras mais óbvias de ganho de tempo, como criar respostas de emails para as pessoas, fazer pesquisas ou compor textos de relatórios, o ChatGPT pode ajudar a relacionar melhor com colegas ou comunicar de um jeito mais empático como líderes.


“As plataformas de comunicação digital sobrecarregaram os profissionais e, muitas vezes, damos respostas secas, curtas ou diretas demais porque não levamos tempo para pensar no que estamos escrevendo”, diz Raulino.


Basicamente, o ChatGPT pode fazer um filtro para que a comunicação não soe rude ou desleixada para quem está recebendo, quando na verdade era só pressa. Assim, se o usuário souber o que vai pedir, pode ser um bom aliado na Comunicação Não-Violenta (CNV).


“Quando olhamos para o passado vemos que quem lutou contra as revoluções ficou para trás, e quem teve sucesso foi quem abraçou”, diz o COO e cofundador do Grupo Alura, empresa de educação em tecnologia, Adriano Almeida.


Confira algumas aplicações que podem fazer a diferença no seu dia a dia, e deixar tempo livre para desempenhar outras tarefas.


1. Melhorar as trilhas de educação corporativa


Hoje, as plataformas de educação corporativa criam “trilhas de aprendizagem”, ou seja, maneiras de compor a educação online e digital de forma que pessoas com diferentes níveis de educação e de conhecimento possam aprender sem a necessidade de um professor online.


O usuário pode começar pelo vídeo básico e ir subindo um degrau, mas só vai ter à disposição o que já foi gravado ou escrito dentro da plataforma, além de possíveis mentorias e aulas ao vivo.


Com o ChatGPT ao lado, é possível ir fazendo perguntas com respostas mais complexas à medida que o aluno vai aprendendo sobre determinado assunto.


“Ele dá respostas simples para perguntas simples e respostas complexas para perguntas complexas. O mediador pode ajudá-lo a acompanhar a trilha do aluno”, diz Raulino.


2. Aprender a fazer melhores perguntas


Mesmo que a pessoa não esteja em um curso online, aprender a fazer boas perguntas é uma qualidade importante no mundo do trabalho. Tem profissionais que praticamente são pagos para problematizar, e isso pode ser aperfeiçoado com o ChatGPT.


“Trata-se agora de uma máquina que quer conversar, que quer se passar por gente”, diz Santaella.


Fazer as perguntas corretas, seja em uma negociação, seja em uma reunião com fornecedores ou com sua equipe, é uma habilidade que pode ser treinada com a IA.


À medida que usar a ferramenta, vai perceber que ela dá melhores resultados quando entende como deve perguntar, ou seja, entende melhor a pergunta e, assim, pode responder.


Da mesma forma, às vezes não é possível conseguir boas respostas na interação com humanos porque não se pergunta da maneira adequada. Usar o Chat GPT para resolver questões é uma maneira de desenvolver a habilidade de perguntar.


3. Desenvolver uma comunicação mais empática


Empatia é a palavra mais importante para as lideranças no mundo pós-pandemia. As pessoas não estão mais separando vida pessoal e profissional como antes, até porque boa parte delas está trabalhando de casa; diversas gerações convivem entre as mesmas divisórias e o estilo de liderança top down do passado vem sendo colocado em xeque.


Na hora de dar feedback para um colega ou deixar claro para o chefe que ele passou dos limites, é possível pedir ajuda ao chat. Ele ajuda a trocar conversas difíceis por palavras mais suaves e pode melhorar não apenas seu relacionamento com os pares, chefes e subordinados, mas também a conseguir os melhores resultados de todos. Esse, aliás, é um dos princípios da CNV.


4. Ajudar na preparação para apresentações e eventos


Se vai fazer uma palestra em um evento que nunca participou ou quer novos insights para levar algo diferente nos eventos que já frequenta, o Chat GPT pode ajudar a criar um roteiro usando informações sobre palestrantes anteriores, assuntos já abordados e público presente.


É importante lembrar que a pesquisa feita nele vai ser mais eficiente que a do Google, pois é direcionada para seu objetivo específico e, quanto mais perguntar, mais elaborada será a pesquisa.


“Ele aprende rápido. Então você pode ajudá-lo a responder melhor com o tempo”, diz Raulino.



Fonte: Contábeis com informações da Forbes

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