As notícias são de desaceleração e flexibilização do isolamento social. No pós-pandemia, perguntas surgem a respeito do funcionamento de inúmeros segmentos
Nesse contexto, algumas previsões aparecem sobre o futuro do RH. Afinal de contas, já é possível obter respostas precisas sobre o que vai funcionar nos próximos anos?
As consequências ainda não podem ser completamente dimensionadas, mas podemos dizer que os meses de pandemia aceleram mudanças que já estavam em curso, como as transformações nos hábitos e rotinas não só de consumidores, mas também de gestores e colaboradores das empresas.
Por essa razão, separamos 8 tendências que afetam as atividades de recursos humanos e gerarão mudanças mais profundas nos próximos anos. Mas antes vamos entender mais detalhes sobre o atual cenário e a importância de se preparar para o futuro.
O que o RH precisa saber sobre o momento?
Os países que enfrentaram a pandemia registram a redução do contágio e caminham para a flexibilização do isolamento social. No Brasil, a flexibilização antecipada do isolamento provocou um aumento dos casos, mas o número de mortes permanece estável, como podemos acompanhar no painel geral do conoravírus feito pelo Ministério da Saúde.
O número considerável de mortes ainda é preocupante para consumidores e cidadãos mais propensos a permanecerem em casa. O efeito disso é uma redução drástica no sistema de transportes e em compras presenciais, além dos decretos legislativos que obrigam organizações a tomarem medidas protetivas.
Nesse contexto, é comum que as equipes de trabalho se concentrem no trabalho online, o que exige uma nova gestão de pessoas e a implementação de tecnologias para oferecer suporte à execução de serviços.
É provável que esse momento de incertezas em relação à vacina passe brevemente, mas o futuro do RH estará mais voltado para o modelo home office, trazendo uma série de novas tendências. Veja a seguir o que esperar do amanhã.
Quais são as tendências para o futuro do RH?
Não houve muito tempo para medidas de curto prazo. Nesse caso, cabe ao gestor olhar para as medidas de médio e longo prazo para adaptar a condução do RH. Veja as 8 tendências centrais desse mindset.
1. Flexibilidade de horário
A rigidez do ponto mostra-se cada vez menos eficiente, o que abre espaço para a flexibilidade de horário. O modelo de teletrabalho funciona com controle de produtividade e não de horários. Períodos tradicionais como 09 às 18, 08 às 17, entre outros, estão em declínio.
Para acompanhar essa tendência, o é importante que o gestor monte um quadro de atividades, tenha prazos e metas para o cumprimento das funções. Isso garante liberdade para o colaborador, ao mesmo tempo que ajuda o profissional de RH a planejar soluções para otimizar o desempenho das equipes.
2. Processos de admissão e desligamento online
A admissão e o desligamento online já vinham sendo utilizados por diversas empresas. Hoje em dia, há quase uma obrigação quanto à implementação desses processos, dadas as circunstâncias da pandemia.
Plataformas digitais são úteis para aprimorar o processo de recrutamento e seleção. Elas ajudam a tornar as contratações mais eficazes, alinhando, por exemplo, os perfis dos candidatos ao fit cultural das empresas, o que permite o alcance de profissionais que realmente sejam capacitados e se enquadrem para as vagas em aberto.
3. Trabalho remoto, semipresencial e ambientes virtuais
O modelo de teletrabalho exercerá papel fundamental no cenário pós-pandemia, permitindo que as empresas continuem operando com o colaborador mais protegido. Em entrevista para a Jovem Pan, o sociólogo italiano Domenico De Masi, destaca que a transição para o trabalho remoto cresceu durante a pandemia:
[Antes] a previsão para 1º de maio de 2020 era ter 570 mil pessoas em teletrabalho na Itália. Mas chegou o coronavírus e em quatro semanas mudou o que não se mudou em quarenta anos: agora, temos mais de 11 milhões de italianos que teletrabalham.
A implementação do trabalho em ambientes virtuais não precisa abranger 100% das atividades e pode ser aplicada dentro do modelo semipresencial, com reuniões semanais ou quinzenais, por exemplo.
4. Protagonismo do RH
O protagonismo do RH e DP também está em demonstrar que, mesmo um setor com tantas tarefas e obrigações realizadas, muitas vezes, de forma presencial e manual, pode e deve se tornar um processo digital, garantindo a presença online e trazendo praticidade e otimização para o setor.
Isso tudo acaba refletindo positivamente na experiência da relação entre colaborador e empregador. Além disso, mais do que nunca dados e relatórios de RH serão utilizados nas estratégias empresariais, afinal as empresas estão percebendo o quanto essas informações impactam na tomada de decisão e gestão do negócio.
5. Digitalização de processos
A tecnologia é outra protagonista para o futuro do RH. Mais soluções digitais serão aperfeiçoadas para atender às demandas do mercado e ajustadas para oferecer ambientes virtuais que facilitem a execução dos trabalhos.
Nesse sentido, incentivar a atualização contínua do time de colaboradores é essencial e a tendência é que surjam novos cargos mais alinhados ao processo tecnológico. Com isso, a digitalização de processos torna-se fator primordial para o sucesso dessa implementação.
6. Foco no ser humano/jornada do colaborador
Soluções digitais estão substituindo atividades presenciais e trazendo o foco para a capacidade de execução e engajamento do colaborador. Dinâmicas até pouco tempo comuns estão ficando para trás, como a trajetória para o ambiente físico do trabalho e o retorno para cada todos os dias.
A tendência é que se mantenham os encontros virtuais para alinhar a execução de serviços, fazer correção de problemas e obter rotinas mais produtivas. Para o comparecimento no local de trabalho, é importante que a empresa apoie medidas protetivas e ofereça equipamentos de proteção individual (EPIs).
7. Criatividade na execução dos processos
Temos cada vez mais trabalhos que exigem capacidade analítica, poder de decisão e criatividade, e cada vez menos capacidade operacional. Tanto por parte do gestor de RH quanto por parte do colaborador, é preciso desenvolver competências de acordo com a implementação de tecnologias no trabalho.
8. Trabalho colaborativo
Pesquisar as melhores práticas e oferecer mais liberdade de comunicação e interação entre os funcionários é uma preocupação central na gestão de pessoas. No pós-pandemia, essa abordagem é fundamental para vencer obstáculos do modelo home office e garantir disciplina e concentração para trabalhar.
Como se preparar para o futuro do RH?
Como falamos, o controle tende a ser menos baseado em horário e mais focado em produtividade. Alia-se a isso, a dificuldade da distância entre o gestor e o colaborador. Então, a tecnologia assume papel fundamental no futuro do RH.
As novas operações devem ser integradas com as necessidades do negócio e permitir automatização da operação, ainda que em modelo home office. Já conhece a Convenia? Nossas soluções auxiliam as empresas nessa transformação:
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