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Na hora de contratar, 95% das empresas buscam esta habilidade específica, mas raramente encontram


habilidade especifica ESG

Salários altos, propósito e oportunidade de crescimento profissional; mesmo com todos estes benefícios, os setores de RH ainda sofrem para encontrar candidatos com esta habilidade específica: ESG.


E-S-G. Apesar desta sigla ter ganhado visibilidade apenas nos últimos 5 anos, o termo existe há mais de 18 e tem se tornado, aos poucos, um pilar fundamental para as empresas que desejam alcançar sucesso financeiro. A sigla em inglês significa environmental, social and governance e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização.


Na prática, uma “empresa ESG” é aquela que se preocupa em eliminar todas as formas de trabalho forçado na sua cadeia de produção, remunerar de forma justa seus colaboradores, assumir práticas sustentáveis ao meio ambiente, respeitar os direitos humanos, assegurar a não participação da empresa em suas violações e mais.


Ou seja, a gestão destas empresas não está apenas focada em gerar lucro, mas também em diminuir os impactos negativos causados ao ambiente e à sociedade.


E no mundo atual, no qual as empresas são acompanhadas de perto pelos seus diversos stakeholders (funcionários, clientes, fornecedores, investidores), adotar atitudes ESG faz com que elas se tornem mais sólidas, mais lucrativas, mais respeitadas e mais resilientes em meio às incertezas e vulnerabilidades.


Adotar estas práticas é tão benéfico e lucrativo que empresas privadas, multinacionais e até órgãos governamentais têm colocado como prioridade máxima encontrar profissionais capacitados para esta missão. Não à toa, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), 95% das companhias brasileiras veem o tema de ESG como prioridade. No entanto, a maioria das vagas em empresas renomadas permanece aberta por meses, mesmo com altos salários e atrativas oportunidades de crescimento profissional.


A habilidade que gera bilhões de faturamento


Para além dos benefícios à companhia, o conceito de ESG tem sido o motor de uma indústria muito lucrativa que já movimenta mais de US$ 35 trilhões no mundo – o que é mais do que o PIB da China, do Japão e da Alemanha juntos. Para ter uma ideia, a cada 3 dólares investidos globalmente hoje, 1 vai para ativos ligados à sustentabilidade.


Cada vez mais, os recursos estão sendo destinados a empresas ESG. É o caso da Raízen, maior produtora de etanol do país: depois de adotar uma estratégia baseada nos princípios de ESG, a companhia realizou um IPO de R$ 100 bilhões.


É por isso que ter as habilidades ESG se tornou um diferencial na hora de disputar vagas de gestão e conquistar melhores remunerações. Ao profissional que apresenta estas habilidades e é capaz de colocá-las em prática dentro das companhias, damos o nome de: Especialista ESG.


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Conheça a carreira: o que faz, como se especializar e qual a rotina de um Especialista ESG?


Com a demanda brutal do mercado, os salários e a busca por profissionais que atuam nessa área estão em alta. Afinal, como são poucas as pessoas preparadas e disponíveis no mercado hoje, as empresas encontram dificuldades para preencher as vagas e quem está empregado vê sua remuneração ir às alturas.


Não é raro encontrar salários como estes em sites de recrutamento:

salários

Salários para a posição de Head de ESG, de acordo com o nível de experiência do candidato (Guia Salarial Robert Half 2023/Reprodução)



Em relação às atividades de rotina do cargo, um recente levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps) afirmou que as principais tarefas envolviam:

  • Desenvolver uma visão estratégica para viabilizar projetos de sustentabilidade.

  • Monitorar indicadores de desempenho de sustentabilidade;

  • Propor estratégias para minimizar os impactos da cadeia produtiva do negócio

  • Treinar os colaboradores visando a conscientização em relação ao tema.

Quando falamos de oportunidade, as empresas que mais investem em ESG tendem a proporcionar as melhores oportunidades de carreira. No Brasil, empresas como Natura, Unilever, Ypê, Boticário, Petrobras e Banco do Brasil são algumas das opções. No entanto, é possível encontrar oportunidades em multinacionais, instituições financeiras internacionais e órgãos governamentais também.


Já em relação às qualificações para concorrer às vagas, ter formação na área ou experiência prévia não é obrigatório. “A experiência anterior de trabalho em ESG, embora útil, não é de forma alguma um pré-requisito neste estágio inicial da carreira”, comenta Claude Schwab do HF Observer.


No entanto, vale ressaltar que ter “ESG” mencionado em pelo menos um lugar em seu currículo era uma vantagem importante – seja através de workshops, cursos livres ou de especializações a nível de pós-graduação.



Fonte: Opinião RH

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