Experimentamos nos últimos 2 anos mudanças significativas no ambiente corporativo com a introdução de novas formas de trabalho. Vivenciamos transformações que impactaram sobremaneira os processos internos de trabalho e o comportamento das pessoas nas organizações, a capacidade de adaptação se tornou um pré-requisito essencial para adequação à esta nova realidade.
Uma das mudanças mais impactantes foi a implementação do modelo de home office, modalidade de trabalho que, embora houvesse alguma resistência por parte das organizações quanto à sua efetividade, notadamente em relação aos seus possíveis impactos sobre a produtividade, tornou-se um formato de trabalho de sucesso, superando as expectativas em muitos casos. O trabalho remoto certamente será incorporado à estratégia das organizações, seja de forma permanente ou no formato híbrido, haja vista que muitas organizações também pretendem retomar suas atividades presenciais nos escritórios.
Diante deste cenário de importantes transformações, podemos apontar algumas principais tendências e desafios para as áreas de RH:
Otimização dos processos de RH – a estratégia de gestão de pessoas passará necessariamente pela digitalização dos seus processos internos, principalmente no sentido de eliminar rotinas burocráticas e instrumentalizar os gestores de pessoas com ferramentas digitais que propiciem um melhor gerenciamento de dados e a tomada de decisão, liberando tempo para que as lideranças estejam mais próximas das equipes.
Qualidade de vida no trabalho – a pandemia suscitou a preocupação das organizações em se tornarem mais humanas e atentas aos aspectos subjetivos, que vão além da relação capital / trabalho. Questões atreladas ao bem-estar e à saúde integral das pessoas deverão estar na pauta estratégica do RH, haja vista que comprovadamente impactam diretamente a performance e os resultados.
Trabalho híbrido – o home office vem se consolidando como uma estratégia de sucesso, e certamente será uma alternativa interessante para flexibilização das jornadas de trabalho e a atração e retenção de profissionais no mercado. Estudos produzidos pela Gartner, empresa de consultoria, apontam que 92% dos profissionais esperam trabalhar neste formato de agora em diante.
Autonomia para os colaboradores – o trabalho em home office possibilitou aos colaboradores a oportunidade de experimentar jornadas mais autônomas e com menos controle, porém com responsabilidades, prazos e objetivos bem estabelecidos. Este pode ser um fator importante para a promoção do engajamento das pessoas.
Foco na experiência dos colaboradores – a melhoria da experiência do colaborador (employee experience) vem se consolidando como uma importante estratégia de gestão de pessoas. Caberá às áreas de RH o papel de mapear de forma precisa as principais etapas da jornada do colaborador, identificar os seus pontos de contato e propor projetos e ações visando eliminar eventuais pontos de atrito e rupturas, de forma a torná-la mais fluida, leve e engajadora.
Fortalecimento das competências de liderança – a estratégia de desenvolvimento de líderes deve considerar o papel da liderança como protagonista de experiências positivas para a transformação da jornada do colaborador. O líder deverá ser estimulado a se comunicar melhor e dedicar uma quantidade significativa de tempo para lidar com as inseguranças e sentimentos das pessoas. O líder deverá estar preparado para treinar melhor, comunicar e ouvir bem, pensar criticamente, ter empatia com os colegas, solucionar problemas e praticar a consciência social.
Pense nisso.
Fonte: ValueUp
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